REVER n.º 3 | 2020
Submissão de artigos até 30-06-2020

A cultura pop define-se por um estilo de vida dito como entretenimento e que é valorativo de imagéticas corporais e sexuais assentes nas ideias de fruição e de emancipação e nas experiências sociais do espetáculo e do consumo. Deste modo, evoca uma significação moderna e urbana de «popular» sendo passível de ser compreendida como descompressão cultural após o fim da Segunda Guerra Mundial e em descontinuidade com o folclorismo que vinculava o imaginário relativo ao povo às tradições expressivas rurais. Corresponde à afirmação de um conjunto de culturas juvenis unificadas numa identidade pop produtora de simbologias visuais e sonoras, por sua vez materializadas em expressões artísticas concretas: em ritmos, gestos e lugares nos quais se constroem identidades pessoais e coletivas. A esta ritualidade pop pode somar-se uma «Teologia Pop» (Mark Alizart).
Este dossier da REVER acolhe artigos que explorem os seguintes tópicos:
- como as instituições religiosas e a ética do consumo Pop interagem, segundo um modelo de interdição ou de apropriação;
- como o fenómeno religioso é reinterpretado e reformulado pelas culturas juvenis modernas;
- como a música Pop questiona a dicotomização entre música sagrada e música profana;
- a Cultura Pop como um repositório de imagéticas religiosas, usadas na construção da persona e do poder de superstars e em espetáculos emocionais
- entre cínicos e profetas: pontos de vista e horizontes existenciais no panorama Pop
- Cultura Pop e minorias religiosas;
- o uso e a presença do corpo na dimensão performativa da Cultura Pop;
- estudos de tipo local (uma igreja, um grupo/movimento religioso, uma paróquia, um evento artístico);
- traços da Cultura Pop nas Artes Visuais (graffiti, banda desenhada, cinema);
- A Religião nos subgéneros da Cultura Pop;
- Um caso de estudo: um artista, um grupo musical, uma obra artística, etc.
Coordenação: Cátia Tuna | Rui Fernandes